(Minutos antes do joo acordar)
O meu corpo por algum motivo dói muito, e uma grande tontura me invade por inteiro. A única coisa que eu lembro é de cair no chão do banheiro, e mais nada.
Eu começo a me sentar na cama após acordar, levanto uma das sobrancelhas ao ver joo dormindo ao meu lado. A luz do sol que invade o quarto pelas janelas, ilumina o seu rosto por inteiro.
A minha mão involuntariamente vai até o rosto dele, e acaricia a sua bochecha macia e levemente rosada, como flores de Sakura em um verão intenso. Tirando a minha vó, ele foi a primeira pessoas que se importou tanto comigo desse jeito, um jeito bruto, mas... Aconchegante, como a fresta do sol em um fim de tarde de primavera.
Eu ligeiramente tiro a minha mão do seu rosto quando o vejo acordar.
- Ah, oi você está melhor?
- Uhm, sim, só um pouco zonzo - eu cubro os braços depois de sentir a brisa - onde eu estou?
- Hospital. - ele fala direto e sem hesitar.
Eu me reencosto na cabeceira da cama.
- Odeio hospitais
- Para de birra
Eu odeio esse lugar, esse cheiro de remédio, essa paredes brancas como se fosse um hospício, as lembranças horríveis e os médicos com sorrisos falsos.
O senhor Joo se levanta da cadeira e aperta o botão ao lado da cama, que chama os médicos em questões de emergência, ou para avisar que algum paciente já acordou.
- Senhor Kim Dan?
Dou um sorriso falso para ela e logo respondo.
- Sim?
- Está se sentindo melhor? Algum sintoma incomum? - ela diz colocando uma prancheta na cama.
- Só um pouco de tontura, nada de anormal
- Claro, só mais alguns minutos e eu vou te dar alta, ok?
Apenas aceno com a cabeça.
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Depois da alta.
- Nossa, que bom que pude sair desse lugar. - falo esticando os braços
- Por que você não gosta de hospitais? - Perguntou o senhor Joo do meu lado.
- Eles me trazem uma sessão estranha, e eu não gosto disso. - Falo abraçando os meus braços.
- Eu tenho umas perguntas pra fazer para você, mas primeiro entra no carro. - murmurou o senhor Joo entrando no carro.
Eu entrei dentro do carro, e logo coloquei o sinto de segurança.
- Ok, primeira pergunta, quantas vezes você come por dia? - Perguntou dando partida no carro.
- Uma vez no dia, mas de vez em quando eu como duas vezes. - Falo envergonhado.
- UMA VEZ POR DIA!? Você tá louco?- Perguntou com uma voz alta olhando pra mim.
- E-Eu não tenho muito tempo para comer por causa dos meus trabalhos. - Falo abraçando meus braços.
- Ok, segunda pergunta, quantas horas você dorme? - Perguntou sério.
- Umas 4/5 horas por dia. - Falo começando a ficar nervoso.
- Dan, você é louco? Só come uma vez por dia, e dorme 4 horas por dia, tá querendo morrer cedo? - Perguntou estacionando o carro.
- Não, mas eu preciso de dinheiro pra pagar as contas hospitalares da minha avó. - Digo nervoso.
- Tá bom, a última pergunta, quantos trabalhos você tem? - Perguntou saindo do carro.
- Eu tenho 4 trabalhos, um de barman, um de professor particular, um de babá e um de garçom.- Falo saindo do carro.
- Por que não vem trabalhar pra mim? É um único trabalho e eu vou pagar bem.
Sei que ele está fazendo algo generoso por mim, mas ah algo dentro de mim dizendo não, de qualquer forma, não posso recusar.
- Sobre isso, eu aceito o trabalho - eu abro um pouco a janela para sentir a brisa, mas ele fecha imediatamente
- Para, vai ficar doente assim
Eu admiro muito a preocupação dele comigo, mesmo que a gente não se conheça a tanto tempo, ele é uma pessoa boa.
- Ah, ali é a minha casa
Ele estaciona o carro em frente a minha casa e sai do carro, antes que eu possa sair do carro ele abre a porta para mim, como se eu fosse uma princesa ou algo do tipo.
- Sai logo
Eu saio do carro segurando as minhas coisas.
- Cuidado por onde anda, esse bairro é perigoso - eu nem falo nada e ele me dá um abraço apertado. - enfim, eu preciso ir, toma cuidado.
- C-claro - ele se solta do abraço e entra no carro.
O Joo é diferente das outras pessoas que eu conheci, ele parece ser bruto e assustador, mas é doce e calmo.